quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
Complemento
Parkour, ou Le Parkour (abreviação: PK) é uma disciplina física de origem francesa, em que o participante, chamado de "traceur" no masculino, ou "traceuse" no feminino, sobrepõe obstáculos de modo mais rápido e direto possível, utilizando-se de diversas técnicas como saltos, rolamentos e escaladas.
O Parkour moderno surgiu quando David Belle e os irmãos Yahn, Frederic Hnautra e David Malgogne se encontraram nas ruas de Lisses, em Paris. Perceberam que tinham muito em comum, tanto no prazer pela busca da forma física plena como no desejo de vencer desafios. A inspiração para criar o nome veio da expressão "Parcours Du Combattant". Foi uma referência ao percurso de obstáculos desenvolvido por Georges Hébert (1875-1957), pioneiro na prática de educação física na França como parte de seu "Méthode Naturelle" ou Método Natural de Educação Física, concebido no início dos anos 20 e que foi utilizado por soldados franceses na Guerra do Vietnã para realizar resgates.
Basicamente, o Parkour é a arte do movimento ou a arte de ser útil com o movimento. Por meio de movimentos eficientes seus praticantes podem ir de um lugar a outro utilizando somente os recursos que seu corpo pode oferecer.
Le Parkour, uma filosofia de vida
Aprender a superar os obstáculos. Este é o grande ensinamento que o Parkour proporcionou ao brasileiro Bruno Shiraishi, 19. O jovem mora em Kita Koshigaya, em Saitama, e trabalha em uma empresa que fabrica refeições prontas. Mesmo com a rotina exaustiva ele encontra tempo para treinar o Parkour e também o Ninjutsu, duas artes que ele aprendeu no Brasil e procura treinar no Japão, mesmo sozinho.
"Quando temos algum problema na vida, se não o enfrentarmos, nunca o superaremos. Assim acontece também com o Parkour", explica Shiraishi.
Ele relembra que descobriu o esporte com os amigos pela Internet, em 2005. "Praticávamos em praças e corrimões em Votuporanga, cidade em que morava no Brasil". Shiraishi diz que no início viu vídeos de muitos profissionais em ação, mas tinha consciência de que não poderia imitá-los por não estar preparado. "Começamos pelos obstáculos mais baixos e conforme ia ficando mais fácil partíamos para um mais difícil, assim íamos evoluindo.", relata. O brasileiro alerta que "Não adianta nada a pessoa querer superar um obstáculo para o qual não está preparada e depois ficar numa cadeira de rodas". E acrescenta que a pessoa deve fortalecer os punhos e os braços, "pois são eles que vão salvar a sua vida quando você não conseguir realizar um salto direito".
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